Reunião Consultiva - 13 de março de 2019
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Tiago Papait Borges
Convidado

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Qua Mar 13, 2019 3:43 pm
Boa tarde Sras e Srs.

Levando em consideração a polêmica do simulador, deixo o relato em relação a este tema, no que diz a nossa realidade do dia a dia:

1º - Quando o equipamento é utilizado CORRETAMENTE, o candidato É SIM BENEFICIADO;
2º - Ao passar os primeiros passos para o candidato no aparelho, principalmente controle de embreagem, volante, trocas de marchas, ao ser direcionado para a prática no carro, o instrutor terá MUITO MAIS FACILIDADE em transmitir a prática, pois não vai precisar ficar "estático" por muito tempo (2, 3 ou 4 dias de aulas com o carro mais parado do que andando);
3º - Segurança de um ambiente controlado para os primeiros passos da prática de direção veicular, sem interferência de outros fatores externos, facilitando a concentração inicial;
4º - Possibilidade de controlar a simulação, incluindo itens que são mais interessantes para determinado candidato, personalizando de acordo com as necessidades individuais;
5º - Economia com manutenção veicular;
6º - Fomento ao emprego e economia com a venda e manutenção dos equipamentos.

Estes ponto foram levantados de acordo com a experiência do dia a dia, durante os últimos 40 anos que atuamos no ramo. Após a compra do simulador, onde paramos de encaminhar para parceiros, notamos uma melhora muito boa na pratica de nossos alunos, devido a instrução ser mais precisa e personalizada.

No início da obrigatoriedade, é comum a resistência por parte da população e também dos empresários, mas a verdade é que neste caso o equipamento é efetivamente válido para o aprendizado de pessoas que NÃO TEM PRÁTICA. Uma boa ideia neste sentido da obrigatoriedade é discutir este tema no caso de já existir prática veicular por parte do candidato (algo comum em nosso país), haver a possibilidade de um "teste", ou "avaliação" prévia, para uma possível redução da carga horária para estes casos, seja no simulador ou na prática veicular.

Reafirmo que SE O EQUIPAMENTO É REALMENTE UTILIZADO, é muito válido. O que encontro nas "radio peão" é comentários do tipo: "deixa o aluno no simulador, ele que se vire"; "simulador é moleza, só ligar e pedir para seguir os passos"; etc e etc. Quando não é ministrado a aula, passado o conhecimento corretamente, COMO PODE O APARELHO SER BOM?? No carro não se pode deixar o candidato por conta própria, pois o risco é enorme, mas no simulador "é tudo liberado". É assim que ouço nas conversas de bastidores. Não adianta nada o estabelecimento cobrar pelas aulas e não ministrar corretamente.

Outros pontos interessantes de discutir:
* Eliminar a necessidade de 2 diretores, apenas um já resolve o trabalho com muita facilidade;
* Eliminar a obrigatoriedade de aulas noturnas, visto que na prática real, não é de grande valia.


Nota-se que no Brasil, o processo de habilitação é bem simples se comparado com outros países (Japão e Itália, para ser bem resumido), onde exigências técnicas e práticas são muito maiores, alem do custo que também é muito maior que no nosso país. É claro que é uma questão cultural, a educação envolve tudo. É facil notar que o brasileiro topa pagar 8.000,00 reais um um Iphone, mas não quer pagar por uma instrução que será necessária por uma vida inteira, e com isso vem reclamações e "achismos" de tantas pessoas que só pensam no mais "fácil", não têm noção nenhuma de prioridades. No meu entendimento, o processo tem que ser EXTREMAMENTE ENDURECIDO, com o maior rigor possível na prática e avaliação, pois o povo NÃO RESPEITA O PRÓXIMO, é uma guerra nas ruas por espaço, por ego, colocando a vida de todos em risco. Isso é o retrato da falta de educação e das reais necessidades de direcionamento por parte dos governos anteriores, agora temos que amargar por anos este caos. E, para terminar este tema, não é "afrouxando" estas exigências que vai melhorar, pelo menos não de IMEDIATO.

O que há de se discutir é sim as questões TERRITORIAIS, necessidades de cada região do país, pois cada estado tem situações diferentes a serem tratadas, costumes e culturas. Isso com certeza faria grande diferença (não só para o caso de CNH).

Ressalto que, em caso de a pessoal possuir boa prática, o processo poderia ter menor carga horária para estes candidatos, pois o "básico" já estando ok, a parte mais técnica seria ainda muito necessária, inclusive uma possível avaliação mais severa para quem por acaso tivesse esta prática, pois seriam casos que precisam de outro olhar. Já que tem prática e não precisa de tanta instrução, na hora da avaliação este candidato deve demonstrar esta habilidade com maior domínio do que um sem tanta prática.

Esta é somente a opinião de quem atua no ramo a algum tempo, e sabe que tem coisas boas e ruins no processo. Devemos melhorar as boas e juntos aproveitar o que tem de ruim para transformar em experiência positiva, mudando os conceitos e formas de aplicar os conteúdos necessários para educação de transito.

Fico à disposição.

Tiago Papait
11 98597-9145
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